Se o Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus, qual é o resultado? A alma que crê vem a estar em perfeita submissão à vontade de Deus. A Majestade do Céu digna-Se a manter um santo e familiar relacionamento com quem busca a Deus de todo o coração, e o filho de Deus, mediante a abundante manifestação de Sua graça, é enternecido e levado a ter uma dependência como a de uma criança. Desamparados e indignos como sois, deveis entregar-vos a Deus de corpo e alma, com perfeita confiança em Seu poder e boa vontade para vos abençoar. "A todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no Seu nome." João 1:12.
Não vos torneis buliçosamente ativos, mas sede zelosos na fé, com um só objetivo: atrair almas a Jesus Cristo, o Redentor crucificado. Não é o sermão lógico, o sermão para convencer o intelecto, que realizará essa obra. O coração tem de ser persuadido, e derreter-se de ternura. A vontade deve submeter-se à vontade de Deus, e todas as aspirações devem estar voltadas para o Céu. Precisais alimentar-vos com a Palavra do Deus vivo. Ela deve ser introduzida na vida prática. Deve apossar-se da pessoa toda e dirigi-la. ...
Quando Jesus é nossa perene confiança, nossa oferenda a Deus seremos nós mesmos. Nossa confiança estará na justiça e intercessão de Cristo Jesus como nossa única esperança. Não há confusão nem desconfiança, porque pela fé vemos a Jesus ordenado por Deus para essa própria finalidade: fazer reconciliação pelos pecados do mundo. Ele Se acha empenhado, por solene compromisso, a mediar em favor de todos os que se achegam a Deus por Seu intermédio, e efetuar-lhes a salvação, se tão-somente crerem. É-nos concedido o privilégio de achegar-nos confiantemente ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna.
Manuscript Releases, vol. 14, págs. 276 e 277.
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