«Batizado que foi Jesus, saiu logo da água; e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito Santo de Deus descendo como uma pomba e vindo sobre ele; e eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.» S. Mateus 3:16-17

19 janeiro 2008

O ESPÍRITO INTERCEDE POR NÓS

"E Aquele que sonda os corações sabe qual é a mente do Espírito, porque segundo a vontade de Deus é que Ele intercede pelos santos." Rom. 8:27

Só temos um meio de acesso a Deus. Nossas orações só podem chegar até Ele através de um nome - o do Senhor Jesus, nosso Advogado. Seu Espírito tem de inspirar nossas petições. Nenhum fogo estranho devia ser usado nos incensários que eram movidos perante Deus, no santuário. Assim, o Senhor mesmo tem de acender em nosso coração o desejo ardente, para que nossas orações possam ser aceitas por Ele. O Espírito Santo no íntimo precisa fazer intercessões por nós, com gemidos inexprimíveis.
Profundo senso de nossa necessidade e grande desejo por aquilo que pedimos devem caracterizar nossas orações, pois do contrário elas não serão ouvidas. Mas não devemos ficar enfadados e deixar de fazer nossos pedidos porque a resposta não é obtida imediatamente. "O reino dos Céus é tomado por esforço, e os que se esforçam se apoderam dele." Mat. 11:12. O esforço [ou a violência, nas versões mais antigas] de que aqui se fala é um santo fervor, como o que foi manifestado por Jacó. Não precisamos tentar agitar-nos, na procura de uma sensação intensa; mas devemos, calma e persistentemente, elevar nossas petições ao trono da graça. Nossa obra é humilhar a alma perante Deus, confessando os nossos pecados, e, com fé, aproximar-nos de Deus. O Senhor atendeu a oração de Daniel, não para que ele glorificasse a si mesmo, mas para que a bênção trouxesse glória a Deus. O desígnio do Senhor é revelar-Se em Sua providência e em Sua graça. O objetivo de nossas orações deve ser a glória de Deus, não nossa própria glorificação.
Quando vemos a nós mesmos como realmente somos: fracos, ignorantes e desamparados, comparecemos diante de Deus como humildes suplicantes. É o desconhecimento de Deus e de Cristo que torna as pessoas orgulhosas e virtuosas aos seus próprios olhos. A infalível indicação de que um homem não conhece a Deus reside no fato de achar que, por si mesmo, é grande ou bom. A altivez de coração está sempre ligada ao desconhecimento de Deus. É a luz da parte de Deus que manifesta nossa ignorância e miséria. Quando a glória divina foi revelada a Daniel, ele exclamou: "O meu rosto mudou de cor e se desfigurou, e não retive força alguma." Dan. 10:8.
No momento em que vê a Deus como Ele é, o humilde investigador terá o mesmo conceito de si mesmo que Daniel teve. Não haverá nenhuma exaltação da alma para o lado da vaidade, mas profundo senso da santidade de Deus e da justiça de Seus preceitos.
Review and Herald, 9 de fevereiro de 1897.

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